domingo, 29 de junho de 2008

20 anos depois... 28 de Junho de 2008 - Parabens!

A Comisssao Organizadora


O Convivio

















20 anos depois... Parabens!

Parabens pelos 20 anos de idade!
Obrigado Ana, Melo e Vasco
pela excelente organizacao!
Foi bom rever a tod@s!

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Teahupoo - a onda mito do Pacifico Sul

O Vasco a caminho de Teahupoo

Teahupoo, Km Zero - Junho 15, 2008
O Vasco olha para a famosa onda, ao longe...



Teahupoo, vista de um angulo pouco comum, com as montanhas de Tahiti Iti ao fundo.

20 anos depois e a 15,475 Kms de distancia da EHTP...

... o reencontro de velhos amigos!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

A amiguinha do tareco da mulher do ministro

por António Moniz Palme*

[O Primeiro de Janeiro, 12 de Junho de 2008]

Cá em Portugal, os políticos costumam tentar apoderar-se do trabalho dos antecedentes, preocupando-se com o que bem funciona, em vez de deitar a mão ao que está escandalosamente mal. Sempre foi assim e sempre assim será. Tentam camuflar a incompetência, chamando a atenção para o que rola sem acidentes de percurso e virando as costas ao que mal funciona, pelo facto de não terem qualquer solução para os problemas que tinham a obrigação de resolver.

A Escola de Hotelaria e Turismo do Porto, fundada por despacho de 19 de Dezembro de 1968 do então Secretário de Estado de Informação e Turismo, foi o primeiro estabelecimento de ensino, na actividade de turismo, no Norte do País e constituiu um pleno sucesso no plano profissional, bem como na formação atendendo à grande procura dos seus alunos no mercado de trabalho da hotelaria e da restauração. Os problemas criados a diversos estabelecimentos de ensino, após o 25 de Abril, não tiveram qualquer repercussão na Escola do Porto e na respectiva direcção chefiada por Luís Garcia Contente, o mesmo acontecendo com as várias mudanças incrementadas pelas diferentes actuações partidárias que através dos anos a têm tutelado. Na verdade, a Escola do Porto prosseguiu os planos e os programas estabelecidos pelos seus quadros técnicos, o que lhe granjeou o respeito de todas as escolas de formação turística da Europa, incluindo as sofisticadas escolas da Suíça. Além do mais, os seus discentes começaram a ganhar anualmente os prémios internacionais atribuídos aos melhores alunos das escolas de hotelaria e turismo europeias. Como prémio do seu alto nível de ensino, foi nela criada, em 1976, o Curso de Gestão e Técnica Hoteleira e, mais tarde, em 1982, o Curso de Técnicos de Empresa e Actividades Turísticas, ambos com a duração de três anos.

Em 3 de Junho 1985 foi atribuída ao seu director, Luís Garcia Contente, pelo Secretário de Estádio de Turismo, a Medalha de Mérito Turístico e, igualmente, foi a Escola de Hotelaria e Turismo do Porto considerada membro da Associação Europeia das Escolas de Hotelaria e Turismo. De quando em vez, porém, existem tentativas para dar cabo da mesma. Na verdade, foi criado um curso de gestão no Estoril, idêntico ao do Porto, que foi um autêntico fracasso, não tendo os seus alunos a mesma aceitação no mercado do trabalho comparativamente à procura dos alunos saídos do Porto. Em vez de melhorarem a Escola do Estoril, para ser ultrapassada tal situação, os responsáveis acabaram com o curso de gestão e de técnica de hotelaria da Escola do Porto, para acabar com a concorrência, perante a indignação de alunos e professores, de autarcas e industriais nortenhos, e perante a passividade de alguns responsáveis políticos do Porto, como foi o caso do então presidente da Câmara Fernando Gomes. Mas a Escola de Hotelaria do Porto bem depressa se recompôs e os seus cursos continuaram a ter enorme êxito, devido à alta preparação dos seus alunos. A direcção da Escola actualmente já é formada por licenciados que saíram dos cursos da Escola de Hotelaria do Porto, conhecendo bem as necessidades do turismo, da hotelaria e da restauração do país. O seu grupo de docentes tem um enorme espírito de equipa e de sacrifício, conseguindo que o nível do ensino seja exemplar e continue a ser admirado pelos responsáveis dos estabelecimentos de hotelaria. Simplesmente, o poder político assim não pensa e viu a Escola de Hotelaria do Porto como um bom local para empregar os seus apaniguados desempregados. E afirma-se tal, pois o espanto dos professores e amigos da Escola de Hotelaria foi enorme quando tiveram conhecimento que o seu excelente director, Dr. Paulo Vaz, teria sido afastado das funções que exercia de director, para ir desempenhar uma nova situação, sendo substituído o seu lugar por uma nova directora sem qualquer tipo de experiência e sem o mínimo de conhecimentos. A direcção da Escola era constituída por técnicos formados na própria Escola, que sempre deram provas excelentes, e possuem conhecimentos pedagógicos e técnicos efectivos, merecendo o respeito dos diversos operadores das actividades relacionadas com o turismo, sendo produtos nascidos da formação com a matriz de Garcia Contente, que marcou significativamente o ensino nas escolas de hotelaria. Porém, talvez esta seja uma nova modalidade de dar cabo da Escola de Hotelaria e Turismo do Porto.

O antigo professor desde a fundação da Escola de Hotelaria, Dr. António Tavares, homem que tudo deu à constituição e crescimento da Escola do Porto, nem queria acreditar que tal fosse possível. E tem toda a razão, pois com Ele solidarizaram-se todas as pessoas sérias ligadas à Escola de Hotelaria e Turismo do Porto. Fazendo coro nas preocupações resultantes da nomeação de uma nova directora sem qualquer tipo de experiência num estabelecimento de ensino profissional cuja remodelação de estratégias é permanente e imprescindível para dar resposta dinâmica às necessidades da actividade. Esta é uma falta grave e imperdoável. Ultrapassou-se o que era tolerável. È demais. Naturalmente, a nova directora é amiga de peito do tareco da mulher de algum daqueles ministros brilhantes que ornamentam o actual governo. O cidadão comum, atendendo ao panorama com que é confrontado, tem o direito de assim presumir...!

*Advogado

[O Primeiro de Janeiro, 12 de Junho de 2008]

O País dos Castelos

O seguinte artigo, escrevi-o em finais de 2006 para a "Publituris", e foi publicado no dia de 8 de Dezembro daquele mesmo ano.
O artigo já é velhinho e até um bocadinho desactualizado mas porque amanha celebramos o 120 aniversario do nascimento do Mestre e devido a alusao que a ele se fazia, vale a pena que aqui fique, no nosso blog ... "for the record".

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Descobri no portal do XVII Governo Constitucional uma parte da reprodução de um dos trabalhos mais conhecidos de Almada Negreiros: uma imagem-quase-simbolo na literatura Portuguesa.

Daí, a passar ao primeiro poema de um livro intitulado “Mensagem” foi um pequeno passo.
Esse maravilhoso “O dos Castelos” sempre nos fez sonhar com essas paragens longínquas e misteriosas e deu-nos uma mais real ideia da proporção do Mundo. Tão pequeno, afinal.

“A Europa jaz, posta nos cotovelos:
De Oriente a Ocidente jaz, fitando,
E toldam-lhe românticos cabelos
Olhos gregos, lembrando.

O cotovelo esquerdo é recuado;
O direito é em ângulo disposto.
Aquele diz Itália onde é pousado;
Este diz Inglaterra onde, afastado,
A mão sustenta, em que se apoia o rosto.

Fita, com olhar 'sfíngico e fatal,
O Ocidente, futuro do passado.
O rosto com que fita é Portugal.”

Duvido que Fernando Pessoa estivesse a pensar em Hotéis ou Agencias de Viagem quando escreveu estas inspiradas linhas, mas hoje, daqui a pouco, quase 1 século depois, quando o lemos e damos asas a imaginação, bem podíamos fazer dele uma fonte de inspiração a um dos enormes potenciais no nosso país: o Turismo.
Consideremos o seguinte:
a) visitam Portugal mais de 10 milhões de turistas estrangeiros cada ano;
b) hoje em dia o sector representa mais de uma décima parte dos empregos e quase 15% do Produto Interno Bruto;
c) a tendência dos últimos 20 e tantos anos é a de contínuo crescimento do sector;
d) poucos países no Mundo inteiro têm a sorte de possuir uma tal feliz combinação de factores: localização geográfica, de fácil acesso de qualquer parte do Mundo, clima e sol de fazer inveja a qualquer, maravilhosas praias, serras, ilhas e paisagens, história, vinho, queijo, musica, tradição, gastronomia, arte e sobretudo um Povo, uma gente com um sentido hospitaleiro já quase em vias de extinção.

Não me parece, pois, difícil perceber que esta “indústria” é incontornável e ver-nos-íamos muito ingénuos se não preparássemos agora este futuro de forma sólida e com a máxima qualidade.

Investir em todos os aspectos que ajudem a melhorar a competitividade turística do País em relação a outros destinos e defender ferozmente o “Turismo de Natureza” são a meu ver prioridades que temos que acelerar e consolidar. (Egressado da Escola de Hotelaria e Turismo do Porto) Em 1989 comecei a trabalhar para uma empresa multi-nacional (na altura ITT Sheraton, hoje Starwood Hotels & Resorts) e em 1993 deixei Portugal. Depois de vários destinos exóticos estou hoje a escrever este artigo desde a longínqua ilha de Bora Bora onde dirijo o hotel Bora Bora Nui desde 2004. Devido a este distanciamento físico, confesso a minha ignorância sobre a situação em Portugal e desconheço quem é o Ministro ou o Ministério que tem a seu cargo a área de acção do Turismo; mas não quero deixar de aproveitar este espaço para enviar-lhe uma palavra de força e de animo pois posso afirmar hoje, depois de 15 anos de conversas diárias com turistas de todo o Mundo, que o nosso Pais é um dos que mais interesse desperta em visitar.

Pelo que li do programa do actual Governo, pareceu-me que as linhas mestras estão lá todas. Agora só falta pô-las em prática de uma forma irreversível. Será uma tarefa difícil, mas acredito que dará os seus frutos num prazo mais ou menos curto se forem executadas com rigor e baixo uma liderança firme e objectiva.

As acções de Marketing, incluindo o cinema de qualidade, a aposta no desenvolvimento de infra-estruturas turísticas ao mais alto nível mundial, a contínua melhoria dos transportes e o serio compromisso com a formação serão essenciais para fazer de Portugal um expoente máximo internacional nos destinos turísticos mais procurados dos próximos 20 anos.

E enfim, tantos anos passados depois de escrito o poema, é com orgulho que mantenho a esperança se torne realidade, que o rosto que fita o Turismo Mundial seja, na Europa, Portugal.
Rui

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sábado, 7 de junho de 2008

Casorio!!

Desejos de muitas felicidades para os noivos

Vasco & Ana

neste dia 7 de Junho de 2008!

La Sanction!

Neste mundo tão sofisticado e globalizado, em que as novas correm, literalmente, a velocidade da luz, não deixa de ser caricato e sintomático o processo de selecção das notícias que se distribuem por esses jornais fora.

"La Dépêche de Tahiti" é "o" jornal publicado diariamente em Papeete, a capital da Polinésia Francesa, este maravilhoso arquipélago de 118 ilhas que ocupa uma extensão, no Oceano Pacífico, do tamanho da Europa. O jornal foi criado no dia 3 de Agosto de 1964 por Philippe Mazellier e hoje é o diário mais lido pelas gentes locais, com uma tiragem de 16 000 números distribuídos não só na ilha maior, Tahiti, mas também nas outras mais afastadas como Bora Bora, Raiatea, as Marquesas, Tuamotus, etc.
Na secção internacional, vai explicando por palavras suas o que se passa no resto do globo, esses lugares que, vistos de aqui, têm uns problemas tão aparentemente inúteis para quem vive isolado no meio de um oceano tão imenso.

Ontem, oh alegria! escreveram sobre Portugal!

Digam lá se no meu lugar não se sentiriam contentes por ver uma noticiazinha do nosso lendário País a mais de 16 mil quilómetros de distância.

Poderiam ter escrito, por exemplo, sobre a 57ª Grande Noite do Fado, ou sobre o Museu do Oriente que nos recorda a importância e a influência dos Portugueses no Oriente dos séculos XVI e XVII; ou ainda, da forma como Portugal e Marrocos discutem a crise energética; ou do novo Hotel de Charme a construir em Gaia, com vista para uma das mais espectaculares velhas (leia-se lendárias) cidades do Mundo; ou das já 134 praias magníficas com facilidades de acesso a cidadãos com alguma dificuldade física que os impeça de caminhar de forma dita normal; ou de como o arquipélago dos Açores se vai preparando para competir a serio com os campos de golf de Pebble Beach.

Enfim, a lista poderia seguir por aqui abaixo por mais umas dezenas de linhas.
Mas não. Não escreveram sobre nada disto. E se calhar a culpa nem é da "Depeche". Longe de mim tal ideia de apontar o dedo, acusador.

Não acuso, mas entristeço-me. Porque a notícia que este pequeno grande jornal, depois de tantos meses ou anos, escolheu para finalmente escrever sobre o meu País não fala nem de teatro, nem de musica, nem de golfe, nem de arquitectura, nem de Historia, nem de energia, nem de vinho, nem de queijo, nem de Pousadas, nem dos 800 km de praias.

Fala de um "sifflet" ou, traduzido na língua de Pessoa, de um apito.
E de corrupção, ou tentativa dela.
E de serem expulsos da competição por fazer batota.

Fala, enfim, apenas dum tal "Sifflet... doré"!

E, enfim... é pena!

Tinhamos tantas outras coisas mais bonitas para contar ao povo da Polinésia.


Rui